quinta-feira, 5 de maio de 2011

Carta aberta a Basílio Horta

Ex.mo Senhor Basílio Horta,

Dado o percurso político-partidário do senhor candidato, achámos estranho a sua indicação como cabeça de lista pelo PS no distrito de Leiria.
Não nos pronunciámos.
Demos o benefício da dúvida porque poderia vir com boas intenções. No entanto, os últimos episódios e declarações por si protagonizados não abonam nada a seu favor nem da dignificação da classe política.
Aliás, as últimas declarações que fez num jantar da geração activa são completamente despropositadas e o senhor tornou-se num PÉSSIMO exemplo para os mais novos pela forma oportunista como não se deve estar na política. Como é possível, em democracia, um candidato dizer que é de grande gravidade que outro cidadão seja eleito?!!!
De extrema gravidade é o senhor, a semana passada, ao Diário de Leiria negar que esteja a violar a Lei Eleitoral pelo facto de não ter renunciado à presidência da Agência Para o Desenvolvimento e Comércio Externo de Portugal afirmando que “não há nenhuma violação, porque enquanto estiver em campanha não contacto com o eleitorado na qualidade de presidente da AICEP, mas sim como candidato a deputado”, aproveitando-se desta sua posição para condicionar e influenciar os apoios de empresários e empresas e misturando as funções públicas de relevo que desempenha por nomeação do governo PS e a sua candidatura a deputado.
Esta é uma postura que lhe fica muito mal… mas fica consigo.
Mais não percebemos como é que não renuncia logo ao lugar e só admite suspender ao mesmo durante a campanha, renunciando apenas depois das eleições e se for eleito deputado. Tal atitude só demonstra falta de confiança na vitória do seu PS.
Quanto às suas últimas declarações demonstram uma incompreensível atitude ditatorial e anti-democrática que nós jovens não podemos tolerar nem aceitar.
Senhor Basílio Horta, de grande gravidade é termos em Portugal mais de 46%!!! de desemprego nos jovens até aos 34 anos. De grande gravidade é termos 11 mil jovens que ficaram sem bolsas de estudo no +ultimo ano. Muito grave é termos 645 mil!!! casais que ficaram sem abono de família. Grave é termos acabado com o arrendamento jovem a mais de 22 mil jovens. Gravíssimo é termos uma dívida enorme a pagar pelos excessos que o seu PS e o seu amigo Eng.º Sócrates criaram… promovendo parcerias público-privadas que vamos pagar até 2086!!! para os senhores se deliciarem agora em inaugurações.
Isto ainda é uma democracia. Deixemos o povo escolher e livremente promover a mudança, porque nós acreditamos num país melhor, mais justo e solidário.

Nota de rodapé – Já agora, Sr. Dr. Basílio Horta: em 4 de Abril de 2011, disse ao DN, a propósito da vinda do FMI, "acho que vem aí um grande sarilho". Depois da declaração feliz do 1º Ministro demissionário, o que tem a dizer!? Afinal o sarilho já não é assim tão grande, pois não?! Ainda bem que o senhor se engana sempre nas suas previsões.

Atenciosamente,
A JSD Regional de Leiria.